sexta-feira, 7 de maio de 2010

DILOLO - Testemunhos reais

Como pessoa activa em todo este triste episódio , passado no dia 27 de Março de 1968 , confirmo os dois testemunhos abaixo descritos. Eu , Àtila , mais o Spartacus , estávamos fora da sede da Companhia, mais própriamente em Teixeira de Sousa, quando de repente fomos chamados para ouvir os lancinantes pedidos de socorro , via rádio , tanto do Dilolo como do Luacano . Regressámos imediatamente e na manhã seguinte , logo ao amanhecer já estávamos no Lago Dilolo , eu com mais três ou quatro militares por mim escolhidos , não só para acudirmos ao sucedido . mas também para lá continuar até ao fim da comissão , que era a 15 de Abril.

Impressionou-me à chegada e nunca mais vou esquecer isso , a postura daqueles militares que acabaram de passar , de certeza , a pior noite da sua vida , e ainda a mais a sentinela que estava junto dos mortos , suja , quase esfarrapada , mas numa posição impecável de sentido e com toda a emoção estampada no rosto . Obrigado Antão.

Átila , alferes miliciano da 1537

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